Uma das coisas que mais me encantam nas crianças é a sua capacidade de sempre perguntar o porquê de tudo. O céu é azul por quê? Por que o sinal fica vermelho? Por que o carro se move? São perguntas que são muitas vezes impossíveis de serem respondidas, muitas vezes inclusive por não sabermos a resposta ou por ser ela complexa demais para ser dada.
E é engraçado que, já adultos, também muitas vezes nos surgem porquês sem respostas possíveis, simplesmente talvez por não sabermos ou por não encontrarmos as razões. Quantas coisas ocorrem em nossas vidas, quantos gestos tomamos, sem que possamos honestamente saber explicar? Simplesmente tomamos a atitude porque não tomá-la também poderia carecer de sentido, poderia não apenas estar vazia de razões, acrescida do agravante de não ter ao menos experimentado o gesto, ido além do que a princípio seria o mais razoável.
Quantas vezes agimos assim e, posteriormente, continuamos sem as respostas todas, mas com a certeza de que foi bom, de que a coragem valeu, de que o gesto sem razão explícita foi ainda assim importante pela própria razão de ser, pelo significado bonito, pelas cores novas que ornam a vida e fazem os próprios porquês perderem sentido...
O mundo infantil tem muito a nos ensinar. É o mundo em que o aprendizado ocorre de forma lúdica, sem peso, sem muitas buscas de respostas. Para elas, as crianças, mais vele a própria pergunta, pouco importando que venha uma resposta ou que ela, sendo dada, faça algum sentido. "Por que o céu é azul?". Vale a resposta "porque o Papai do Céu pintou", pouco importando a quantidade de tinta que ele tenha usado para essa empreitada. Mas a vivência do azul do céu está ali, rica, plena, cheia de riqueza para a alma infantil, que vive o momento e se faz feliz com ele.
Aprendi hoje um pouco dessas lições. Diante de perguntas sem respostas possíveis, vale a pergunta em si e a sua vivência, sem que, ao fim, a resposta tenha um valor em si mesma. E como crianças, podemos então olhar a vida azulada, sem que saibamos o como o céu foi pintado, a quantidade de tinta gasta, a técnica utilizada. Saimos do puro racionalismo para a vivência sem tanta métrica, sem tanta medida, porém, por evidente, sem a perda da razão e das consequências dos gestos. Porque devemos deixar viva em nós a criança que somos, contudo sem que ela adormeça o adulto em que ela habita.
Vivamos, assim, a linda lição que as crianças podem nos dar, simplesmente com os seus porquês, porquês e mais porquês.
E é engraçado que, já adultos, também muitas vezes nos surgem porquês sem respostas possíveis, simplesmente talvez por não sabermos ou por não encontrarmos as razões. Quantas coisas ocorrem em nossas vidas, quantos gestos tomamos, sem que possamos honestamente saber explicar? Simplesmente tomamos a atitude porque não tomá-la também poderia carecer de sentido, poderia não apenas estar vazia de razões, acrescida do agravante de não ter ao menos experimentado o gesto, ido além do que a princípio seria o mais razoável.
Quantas vezes agimos assim e, posteriormente, continuamos sem as respostas todas, mas com a certeza de que foi bom, de que a coragem valeu, de que o gesto sem razão explícita foi ainda assim importante pela própria razão de ser, pelo significado bonito, pelas cores novas que ornam a vida e fazem os próprios porquês perderem sentido...
O mundo infantil tem muito a nos ensinar. É o mundo em que o aprendizado ocorre de forma lúdica, sem peso, sem muitas buscas de respostas. Para elas, as crianças, mais vele a própria pergunta, pouco importando que venha uma resposta ou que ela, sendo dada, faça algum sentido. "Por que o céu é azul?". Vale a resposta "porque o Papai do Céu pintou", pouco importando a quantidade de tinta que ele tenha usado para essa empreitada. Mas a vivência do azul do céu está ali, rica, plena, cheia de riqueza para a alma infantil, que vive o momento e se faz feliz com ele.
Aprendi hoje um pouco dessas lições. Diante de perguntas sem respostas possíveis, vale a pergunta em si e a sua vivência, sem que, ao fim, a resposta tenha um valor em si mesma. E como crianças, podemos então olhar a vida azulada, sem que saibamos o como o céu foi pintado, a quantidade de tinta gasta, a técnica utilizada. Saimos do puro racionalismo para a vivência sem tanta métrica, sem tanta medida, porém, por evidente, sem a perda da razão e das consequências dos gestos. Porque devemos deixar viva em nós a criança que somos, contudo sem que ela adormeça o adulto em que ela habita.
Vivamos, assim, a linda lição que as crianças podem nos dar, simplesmente com os seus porquês, porquês e mais porquês.
Bonito texto Dr. Adriano.
ResponderExcluir"Me diz por que o céu é azul
Me explica a grande fúria do mundo"