É de conhecimento público que a Rede Record de Televisão é de propriedade de Edir Macedo, autointitulado bispo. Como um pastor, que vive da sua atividade missionária, teria meios para adquirir a Record do seu anterior proprietário, Sílvio Santos, por R$ 20 milhões de reais? Como teria recursos para a aquisição de outras emissoras próprias pelo Brasil, criando um poderoso e agressivo grupo de comunicação social? Pois é, como?
A Receita Federal e o Ministério Público de São Paulo chegaram a algumas respostas, mostrando as imbrincações societárias entre membros da Igreja, off-shores, empresas de fachada, tudo criado e estruturado com a finalidade de transferência de recursos da Igreja Universal, cuja receita anual com dízimos ultrapassa a casa de R$ 1 bilhão de reais, para os seus controladores, sobretudo Edir Macedo, líder religioso e empresarial (vide a extensa matéria da Folha de S. Paulo, aqui). Aliás, com essas cifras percebe-se que a IURD emprega quase um terço das suas receitas em publicidade na Rede Record, pagando R$ 300 milhões por ano para manter os programas da Igreja Universal nas suas madrugadas. Valores bem acima do preço de mercado, justamente para dar oxigênio à empresa de comunicação, jóia da coroa do Grupo IURD.
A Igreja Universal poderia investir no que quisesse, acaso não se valesse da imunidade tributária que as igrejas possuem para ampliar o seu patrimônio. Ao atuar com os benefícios fiscais que dispõe, passa a ter obrigações para com o fisco, entre elas respeitar as suas finalidades e investir o produto da prestação dos seus serviços religiosos na sua atividade fim. Ao encorpar o patrimônio pessoal dos seus líderes, criando empresas de fachada e contas em paraísos fiscais, nada mais fez do que agir, ao menos em tese, à margem da lei, respondendo os seus líderes por isso, com severas consequências para o destino dos seus bens e empresas. Assim, a Rede Record de Televisão passa a estar no centro de uma relevante disputa com o fisco e com o Ministério Público. Quem viver, verá...
A Receita Federal e o Ministério Público de São Paulo chegaram a algumas respostas, mostrando as imbrincações societárias entre membros da Igreja, off-shores, empresas de fachada, tudo criado e estruturado com a finalidade de transferência de recursos da Igreja Universal, cuja receita anual com dízimos ultrapassa a casa de R$ 1 bilhão de reais, para os seus controladores, sobretudo Edir Macedo, líder religioso e empresarial (vide a extensa matéria da Folha de S. Paulo, aqui). Aliás, com essas cifras percebe-se que a IURD emprega quase um terço das suas receitas em publicidade na Rede Record, pagando R$ 300 milhões por ano para manter os programas da Igreja Universal nas suas madrugadas. Valores bem acima do preço de mercado, justamente para dar oxigênio à empresa de comunicação, jóia da coroa do Grupo IURD.
A Igreja Universal poderia investir no que quisesse, acaso não se valesse da imunidade tributária que as igrejas possuem para ampliar o seu patrimônio. Ao atuar com os benefícios fiscais que dispõe, passa a ter obrigações para com o fisco, entre elas respeitar as suas finalidades e investir o produto da prestação dos seus serviços religiosos na sua atividade fim. Ao encorpar o patrimônio pessoal dos seus líderes, criando empresas de fachada e contas em paraísos fiscais, nada mais fez do que agir, ao menos em tese, à margem da lei, respondendo os seus líderes por isso, com severas consequências para o destino dos seus bens e empresas. Assim, a Rede Record de Televisão passa a estar no centro de uma relevante disputa com o fisco e com o Ministério Público. Quem viver, verá...
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