A morte de Michael Jackson deixa a todos perplexos. Ninguém vendeu tantos discos quanto ele; ninguém fez tanto sucesso como ele, em seu impressionante videoclip "thriller", que antecipou um estilo de exposição das músicas, revolucionando o mercado.
Michael Jackson morreu como uma incógnita, uma pessoa de alma fraturada pela tirania do pai, a fama, a rejeição à sua própria imagem: un negro que buscou ser branco não apenas na cor, mas nos traços afilados, que foram sendo compostos em sucessivas plásticas, que lhe mudaram as feições por inteiro: nariz, queixo, boca, cabelos... Tudo nele era uma negação de si próprio, da criança nascida na pobreza no Estado de Indiana (EUA), que alcançou cedo o sucesso, mesmo sob a tirania do pai e a perda precoce da infância. Negro, branqueou a pele; adulto, fez-se criança e andava com elas (sendo inclusive acusado de pedofilia por algumas vezes). Como certa vez teria revelado o mágico Uri Geller, amigo de Jackson, sobre as razões para as sucessivas cirurgias e tratamento de embranquecimento de pele que deformaram o astro: - "Eu não queria parecer com o meu pai!".
Um homem bizarro, frágil, perdido em seu sucesso e em um estilo de vida desestruturado. A sua genialidade musical, a sua dança inconfundível, a sua voz melodiosa, os sucessos cantados por tantos, não foram suficientes para lhe conservar a sanidade. Muito da sua história é farsesca: casou-se com a filha de Elvis Presley em uma união absolutamente improvável, justamente quando já sobre si pesava a acusação de prática de atos impróprios com crianças que frequentavam a sua Nerverland, senha para o seu eterno complexo de Peter Pan.
Jackson morreu deixando um legado: as suas músicas continuarão tocando e fazendo sucesso, a sua imagem construída à lâmina não sumirá do imaginário das pessoas, os seus clips continuarão sendo o que sempre foram: uma mudança de costumes e do modo de se ver a música como negócio. Mas deixa também a marca de um homem em litígio com ele mesmo e com a sua história, tentando fugir das suas origens. Uma pessoa ferida, esmagada pelo sucesso precoce, perdida em um mundo irreal construído pelo dinheiro e pelo poder.
Diante da sua história e da sua morte, vem a pergunta em minha mente, idêntica àquela feita pelo discípulo: "A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna!".
Deixo aqui uma homenagem ao Rei do Pop, que morreu como o Rei do Rock: engolido pela dor, pela solidão e pelos medicamentos...
Michael Jackson morreu como uma incógnita, uma pessoa de alma fraturada pela tirania do pai, a fama, a rejeição à sua própria imagem: un negro que buscou ser branco não apenas na cor, mas nos traços afilados, que foram sendo compostos em sucessivas plásticas, que lhe mudaram as feições por inteiro: nariz, queixo, boca, cabelos... Tudo nele era uma negação de si próprio, da criança nascida na pobreza no Estado de Indiana (EUA), que alcançou cedo o sucesso, mesmo sob a tirania do pai e a perda precoce da infância. Negro, branqueou a pele; adulto, fez-se criança e andava com elas (sendo inclusive acusado de pedofilia por algumas vezes). Como certa vez teria revelado o mágico Uri Geller, amigo de Jackson, sobre as razões para as sucessivas cirurgias e tratamento de embranquecimento de pele que deformaram o astro: - "Eu não queria parecer com o meu pai!".
Um homem bizarro, frágil, perdido em seu sucesso e em um estilo de vida desestruturado. A sua genialidade musical, a sua dança inconfundível, a sua voz melodiosa, os sucessos cantados por tantos, não foram suficientes para lhe conservar a sanidade. Muito da sua história é farsesca: casou-se com a filha de Elvis Presley em uma união absolutamente improvável, justamente quando já sobre si pesava a acusação de prática de atos impróprios com crianças que frequentavam a sua Nerverland, senha para o seu eterno complexo de Peter Pan.
Jackson morreu deixando um legado: as suas músicas continuarão tocando e fazendo sucesso, a sua imagem construída à lâmina não sumirá do imaginário das pessoas, os seus clips continuarão sendo o que sempre foram: uma mudança de costumes e do modo de se ver a música como negócio. Mas deixa também a marca de um homem em litígio com ele mesmo e com a sua história, tentando fugir das suas origens. Uma pessoa ferida, esmagada pelo sucesso precoce, perdida em um mundo irreal construído pelo dinheiro e pelo poder.
Diante da sua história e da sua morte, vem a pergunta em minha mente, idêntica àquela feita pelo discípulo: "A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna!".
Deixo aqui uma homenagem ao Rei do Pop, que morreu como o Rei do Rock: engolido pela dor, pela solidão e pelos medicamentos...
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