Há dias sofridos. Dias em que vemos nossos sonhos irrealizáveis.
Há dias em que o frescor da manhã não nos atinge, em que a sua luz suave parece distante.
Há dias em que olhamos sem ver, porque nossa mente está nublada.
Há dias em que nosso sorriso é sem apelo, protocolar, quase uma satisfação para os que nos rodeiam.
Há dias em que nem sorriso há.
Há dias em que somos o copo vazio, posto em um canto qualquer. Somos a dor e o silêncio, a sombra e a palavra não-dita.
Há dias em que somos a saudade, a dor indolente do fastio de viver, a roupa molhada na cerca suplicando o sol, o vento assobiando as sujeiras das ruas...
Há dias em que a saudade aperta.
Há dias em que a melancolia nos toma e se apropria de nós. Em que nos desconhecemos e não sabemos quem somos, o que queremos, aonde vamos.
Quando estamos assim, nesses dias grizes, devemos parar, olhar para o céu e agradecer.
Rezar com fé, com serenidade, e bendizer a Deus por estarmos vivos, com as nossas limitações e virtudes, com as nossas dores e sonhos, com todo o futuro à nossa espera para ser conquistado.
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