terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Somos gente!

Nunca permita que alguém lhe trate como objeto. Tampouco, nunca se permita usar alguém como objeto. Seja por que motivo for. Nas relações profissionais, quando se diminui o ser humano a uma simples máquina subjugada às vontades de quem detém o poder; nas relações pessoais, quando se usam as pessoas para os fins próprios, fazendo da amizade um pretexto para fazer dos outros escada; ou seja nas relações afetivas, em que se quer transformar o outro em mero meio para a satisfação pessoal, no campo sexual ou mesmo para a escalada social.

Objetificar os outros é subtrair deles a humanidade, arrancando-lhes a alma, a inteireza, os sonhos. Deixar-se objetificar é perder o respeito por si mesmo, negando-se como pessoa, como gente, perdendo a dignidade e o respeito próprio.

Só podemos ser inteiros, íntegros e realizados se construírmos relações humanas densas, respeitosas e vivas, que nem usamos nem permitimos ser usados. É dizer, relações entre iguais, apesar das diferenças (posição social religião, raça, sexo...).

Lamento quem viva numa cultura em que até mesmo o amor nada mais seja do que uma relação de posse e poder. Em que o uso do outro seja uma regra de convivência. Ali não há amor, que pressupõe o respeito e a busca constante da construção do outro, daquele/a a quem se ama.

Que cultura perversa temos construído. A cultura do ficar, do beijo de ocasião, das relações episódicas e fúteis. Não pode haver compromisso onde não há amor. E não pode haver amor onde o outro é mero objeto de satisfação pessoal, como um carro ou uma viagem de férias.

Não somos objetos; somos gente! E é assim que devemos ser e tratar os outros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário