Nunca permita que alguém lhe trate como objeto. Tampouco, nunca se permita usar alguém como objeto. Seja por que motivo for. Nas relações profissionais, quando se diminui o ser humano a uma simples máquina subjugada às vontades de quem detém o poder; nas relações pessoais, quando se usam as pessoas para os fins próprios, fazendo da amizade um pretexto para fazer dos outros escada; ou seja nas relações afetivas, em que se quer transformar o outro em mero meio para a satisfação pessoal, no campo sexual ou mesmo para a escalada social.
Objetificar os outros é subtrair deles a humanidade, arrancando-lhes a alma, a inteireza, os sonhos. Deixar-se objetificar é perder o respeito por si mesmo, negando-se como pessoa, como gente, perdendo a dignidade e o respeito próprio.
Só podemos ser inteiros, íntegros e realizados se construírmos relações humanas densas, respeitosas e vivas, que nem usamos nem permitimos ser usados. É dizer, relações entre iguais, apesar das diferenças (posição social religião, raça, sexo...).
Lamento quem viva numa cultura em que até mesmo o amor nada mais seja do que uma relação de posse e poder. Em que o uso do outro seja uma regra de convivência. Ali não há amor, que pressupõe o respeito e a busca constante da construção do outro, daquele/a a quem se ama.
Que cultura perversa temos construído. A cultura do ficar, do beijo de ocasião, das relações episódicas e fúteis. Não pode haver compromisso onde não há amor. E não pode haver amor onde o outro é mero objeto de satisfação pessoal, como um carro ou uma viagem de férias.
Não somos objetos; somos gente! E é assim que devemos ser e tratar os outros.
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