sábado, 25 de dezembro de 2010

Natal!

Somos nada, Senhor. Sem ti, somos um sopro que se esfuma na temporalidade. Somos o ponto final de uma frase inconclusa e desconexa, uma história bosquejada e superficial. Sem ti não nos compreendemos, não podemos simplesmente explicar o nosso porquê, as nossas razões, o mais comezinho gesto cotidiano.

O menino nasceu! Olho para ele deitado e me prostro: "Meu Senhor e Meu Deus!". Tu és a esperança, o encontro da temporalidade com o eterno, o finito e o infinito casam-se em ti. E me ponho diante desse Mistério profundo, a kénose divina, o despojamento do Criador tornando-se criatura e nos assumindo.

Senhor, só me compreendo em ti. As minhas contradições, a minha pequenez, a minha imensa sede de sentido, tudo enfim!, só se explica através do seu amor e misericórdia.

Natal é tempo de renascimento. Natal é tempo de reflexão. Natal é tempo, sobretudo, de alegria: Deus nos assumiu, o Verbo se fez carne e habitou entre nós!

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