domingo, 18 de agosto de 2013

Breves e soltas (VI)

 I.
 Há decisões pessoais dolorosas que às vezes temos que tomar. Não raro o levar adiante indefinidamente certas situações da vida, mesmo que seja com a melhor das intenções, só retardará sofrimentos e dores que podem ser superadas mais rapidamente quando não há postergações.

 II.
 A verdade é sempre o melhor fundamento para as decisões. Quem se engana nas razões errará, com toda a certeza, nas conclusões.

III. 
Nem sempre o "é para sempre" sincero se converterá no "é para sempre" real. Entre a crença e a realidade, por vezes bastas, aparece um fosso intransponível de novas razões. 

IV. 
A dor do outro, que se quer bem, quando somos a sua causa, é dor sentida duplamente. Sobretudo se não somos insensíveis ou insinceros. 

V.
Diante da vida há que se ter coragem. Viver intensamente, agir com toda a verdade do seu ser, errar querendo acertar, corrigir depois de errar. A vida é para quem tem coragem e vontade de desafiá-la. 

VI. 
O sentido da vida não está no outro. Está em nós. Ninguém, por mais importante que seja, é o sentido da vida de alguém ou a razão última da felicidade. Somos nós mesmos os construtores da nossa história e do nosso futuro. 

VII.
A frase "eu não sei viver sem você!" é uma negação de si mesmo. Viver é uma aventura da realização do eu. Por mais importante que alguém seja na sua vida, não será nunca a última razão do seu viver, da sua busca pela autorrealização. 

VIII. 
Há quem se satisfaça com a infelicidade ou a dor do outro. Há quem se realize com o insucesso alheio e sinta um estranho prazer em dizer "eu não lhe disse!?). São pessoas de coração amargo, que não se realizam consigo mesmo. Seu prazer está na infelicidade alheia.

IX. 
Nem sempre a vida é uma estrada reta, sem percalços. Aliás, quase nunca é. Por isso, é curial ser indulgente com as suas intercorrências, se comprazer com os desatinos, buscando sinceramente acertar ou corrigir os erros. Só quem não vive a sua história não errou ou não se arrependeu. 

X. 
Não tenho todas as respostas. As perguntas sempre pululam em mim. Se não sei responder, dou passos em frente, sempre querendo aprender. Dos meus erros, cuido eu. Se firo alguém, peço desculpas. Sou sinceramente um caminhante buscando a trilha correta. 

XI.
Sê complacente. Nem tudo é absolutamente certo ou errado. A vida tem matizes que permitem interpretações diversas. Sê, então, humilde.

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