A seleção fez o dever de casa, classificando-se em primeiro no seu grupo, o que lhe dá uma imensa vantagem em termos de tabela. De fato, o lado de lá da tabela é bem mais complicado: Argentina, Alemanha, Inglaterra e Espanha disputarão entre si um lugar na final. Ao Brasil compete superar um único adversário de relativa tradição na história recente, por ter disputado duas finais, a Holanda. Ademais, poderá se haver com o Uruguai na semifinal.
Como se vê, o verdadeiro jogo do Brasil para chegar a uma final será com a Holanda. Chile e, eventualmente, o Uruguai, são jogos que, embora complicados em uma Copa do Mundo, são de obrigatória vitória do Brasil. Assim, a verdade é que essa Copa, em termos de tabela, está à feição para o time de Dunga, semelhante àquela da Copa de 1994. Lá, como aqui, a Argentina se fazia, por méritos seus, uma das favoritas ao título. Foi abatida no meio do caminho pelo dopping de Maradona. Agora, é o mesmo Maradona que conduz a sua seleção para disputar uma vaga contra outras seleções fortes e tradicionais. Se der a lógica, a Argentina vai às quartas contra a Alemanha e, se passar, se encontra com a Espanha na semifinal.
Ontem à noite assisti novamente o segundo tempo do jogo do Brasil contra Portugal. Impressiona que a escalação do meio de campo da seleção tivesse uma improvável formação: Gilberto Silva, Daniel Alves, Josué e Ramires. Ao interesse de Dunga, fazia sentido: não perder de Portugal - que jogou recuado, mesmo no segundo-tempo, respeitando a camisa do adversário - era o objetivo, pelo que significava em termos de tabela. Ele, Dunga, renunciou há muito ao jogo bonito, preferindo o jogo efetivo e de resultados. Culpa da seleção obesa de 2006: talentosa e preguiçosa.
Vamos ver o que vai dar.
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